PRAGAS DE GRÃOS

O conhecimento da espécie e do potencial de destruição de cada praga são elementos importantes para definir o manejo a ser implantado na unidade armazenadora. Segundo este hábito, as pragas podem ser classificadas em primárias ou secundárias.

As pragas primárias

As pragas primárias são as que atacam grãos inteiros e sadios e, dependendo da parte do grão que atacam, podem ser denominadas pragas primárias internas ou externas. As primárias internas perfuram grãos e penetram para completar seu desenvolvimento. Alimentam-se de todo o interior do grão e possibilitam a instalação de outros agentes de deterioração dos grãos. Exemplos dessas pragas são as espécies Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae e S. zeamais. As pragas primárias externas destroem a parte exterior do grão (casca) e alimentam-se posteriormente da interna sem, no entanto, se desenvolver no interior do grão. Há destruição do grão apenas para fins de alimentação. Exemplo desta praga é a traça Plodia interpunctella.

As pragas secundárias

Já as pragas secundárias são as que não conseguem atacar grãos inteiros, pois requerem a destruição ou quebra dos grãos para deles se alimentar. Essas pragas ocorrem na massa de grãos quando estes estão trincados, quebrados ou mesmo danificados por pragas primárias. Multiplicam-se rapidamente e causam grandes prejuízos. Como exemplo, citam-se as espécies Cryptolestes ferrugineus, Oryzaephilus surinamensis e Tribolium castaneum.